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quinta-feira, fevereiro 20, 2020

Summer Camp 2019



Summer Camp 2019

para sempre no meu coração






terça-feira, dezembro 17, 2019

terça-feira, outubro 29, 2019

a janela



Treinar a mente pois é a nossa mente que nos amarra ou nos liberta.

terça-feira, dezembro 18, 2018

quarta-feira, outubro 17, 2018

Bancos de meditação

Co feitos por mim com muita ajuda na parte da carpintaria. Os meus alunos precisavam de bancos para se sentirem confortáveis... resolvi fazer vejam o resultado dos dois primeiros








quarta-feira, agosto 29, 2018

Salta Pocinhas 50 anos depois

Outro dia logo pela manhã, bem cedo, ao fazer a caminhada diária com o meu cãopanheiro, houve um momento em que tudo pareceu parar, não ouvia nenhum som, o vento deixou de soprar os meus passos ficaram suspensos toda a minha atenção alerta. Olhei em volta para tentar perceber o que estava a acontecer, o meu cão também imóvel de peito esticado, cheirava o ar. O meu coração batia mais rápido,  algo se passava e eu não percebia o quê, apurei o olhar na tentativa de ver alguma coisa diferente, a certa altura pareceu-me ver uma sombra por de trás de um enorme pinheiro manso que ali existe, de vagar aproximei-me, espreitei cuidadosamente e fui andando à volta da árvore, nada, não vi nada, no entanto os meus sentidos continuaram alerta.



Voltei a olhar para o yoda que se tinha aproximado de mim e seguia um rasto, fui atrás dele até chegar-mos a uma linda clareira onde o sol nascente brilhava por entre as folhas dos pinheiros em tons cor de rosa, parei fechei os olhos e suspirei, senti o cheiro das árvores misturado com o cheiro da terra, o vento trazia do lado do mar uma brisa com cheiro a maresia que se misturava com os outros cheiros, mais calma voltei a abrir os olhos e sentei-me no chão, completamente absorta em tudo o que me rodeava, nada mais parecia existir, foi nesse momento que olhei melhor e vi uns pequenos olhinhos que me fixavam, pareceu-me reconhecer aquele olhar, era como se estivesse a ver-me a mim mesma de fora, algo estranho mas ao mesmo tempo muito familiar.
Sem vontade de falar, para não quebrar aquele momento mágico de plenitude, mas com curiosidade pensei quem será?? Ouvi então uma voz na minha mente:
"Então não me reconheces? Não te lembras das nossas brincadeiras quando eras criança? Nessa altura conseguias ver-me... depois cresceste, a tua cabeça estava sempre cheia de medo, de preocupações e de ansiedade, não paravas e deixas-te de me ver, mas eu estive sempre aqui, contigo".
Nestas palavras reconheci a mais linda voz que alguma vez ouvi, suave como o cair da chuva num campo verde, alegre como o canto dos pássaros e que parecia ter pós de perlimpimpim quando ria - "SALTA POCINHAS?- pensei mentalmente como se gritasse de alegria, tudo em mim sorria.
Os meus olhos marearam de lágrimas e o mundo pareceu-me mais bonito que nunca -  "Voltei a conseguir ver-te" - disse apenas em pensamento mas a sorrir
- "Sim, finalmente, já estava farto de falar e não obter resposta, todas as vezes que precisas-te de um conselho, de uma resposta, ou de uma orientação tinha de me esforçar muito para que me ouvisses, só nos sonhos conseguia mandar-te algum sinal, mas depois não te lembravas de nada". - disse ele meio aborrecido.
Ficamos simplesmente a lembrar brincadeiras, desaires, risos e tristezas, tudo o que compõe uma vida. O tempo parou nesse momento até que senti uma lambidela do meu cãopanheiro na minha face. Olhei para ele fiz-lhe uma festa, levantei-me devagar sorri e continuei a caminhada, corri, pulei, brinquei com o meu cãopanheiro, senti-me feliz.


Volto muitas vezes àquela clareira, paro nem que seja só por uns momentos, suspiro e volto a ver-me a mim mesma com os olhos do Salta Pocinhas.

sexta-feira, junho 01, 2018

Há amigos e amigos?




Uma amiga por quem tenho imensa estima partilhou comigo a sua apreensão sobre a amizade.
Dizia-me ela que sente amizade por muita gente mas isso não faz com que todos sejam seus amigos.
O que ela me disse ficou na minha mente, demorei a digerir, tentei perceber, avaliei todos os que considero amigos de uma forma mais analítica. Li com mais atenção as frases que tantas vezes lemos sobre a verdadeira amizade...
Por exemplo "A verdadeira amizade é aquela que nos permite falar, ao amigo, de todos os seus defeitos e de todas as nossas qualidades". Na verdade não é com todos os amigos que pudemos partilhar tudo, será que por isso são menos amigos?

"Significado de amizade: Afeição, estima, dedicação recíproca entre pessoas, laços de amizade.
Relacionamento social: ele tem facilidade para fazer amizades. Pessoa que é amiga, companheira. Simpatia de certos animais pelo homem. Aceitação mútua acerca de alguma coisa: acordo de amizade. Ação que demonstra bondade ou compreensão; benevolência." (dicionário online)

O certo é que podemos sentir amizade por alguém independentemente da amizade ser recíproca.
Também, é verdade que embora a vida nos separe de alguns amigos, quando os voltamos a encontrar parece que não  ter havido tempo de afastamento entre nós, mas no entanto isso não acontece com todos, ás vezes encontramos alguém que nos foi muito próximo e a conversa não parece fluir sentimos que algo nos afastou, mas o sentimento de amizade continua lá, talvez pela recordação da nossa união fraterna.

Pensei em todos os meus amigos desde a infância até agora, lembrei dos amigos irmãos, aqueles que me parece conhecer desde sempre...
Lembrei também aqueles amigos que partilharam vivências muito específicas desta minha vida e depois nunca mais soube deles, e daqueles que me afastei porque eu mudei a minha perspectiva de vida.
A amizade...
Parece que tenho mais perguntas que respostas, mas sei o quanto vale uma amizade, sei o valor inestimável desse sentimento, sei o quanto aquece o meu coração cada um dos meus amigos, todos eles são um raio colorido nesta minha existência.