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terça-feira, dezembro 26, 2006

o mundo em silencio


Resolvi partir para a aventura de tirar um curso de lingua gestual, para isso inscrevi-me na Associação Portuguesa de Surdos! Sem saber o que iria encontar foi com timidez que enfrentei a primeira aula, foi engraçado constatar que todos os alunos de Sábado á tarde eram mulheres, somos um grupo engraçado com idades e interesses muito diferentes, mas bastante unidas e divertidas. O Prof. também foi uma agradável surpresa, pois é um jovem bem disposto e muito bom a ensinar, ao longo das aulas fomos criando elos de amizade e de camaradagem que têm vindo a ficar mais fortes!
Entre gestos e palavras vamo-nos conhecendo melhor e dando mais atenção ao mundo visual, e no silencio trocamos palavras, algumas tão belas como verdadeiros poemas!
O gesto para "Mar" quase me tira a respiração e quando olho a paisagem da minha varanda é o gesto com toda a sua força e beleza que me vem ao pensamento esqueço por completo a palavra
O gesto para "Amor" é de uma delicadeza que parece um suave beijo... que lingua tão fascinante a tua minha irmã... pois eu tenho uma irmã surda!
Estou a gostar muito, embora seja muito dificil memorizar todos os novos conceitos, pois não temos nenhum manual ou qualquer material didático para apoiar o nosso estudo!
As pessoas surdas olham-nos e sorriem, sempre foi assim desde que me conheço e que conheço surdos, sorriem e tentam por mimica explicar o que precisam, fazem leitura labial e vão vivendo com muitas injustiças neste nosso mundo de ouvintes. Eles têm uma outra maneira de "vêr" o mundo, este mundo em que todos vivemos, para ultrapassarmos as barreiras não basta dar um sorriso de volta, é preciso preocuparmo-nos e aprendermos, é isso que estou a fazer, estou (estamos) a construir pontes...

terça-feira, outubro 24, 2006

Um fim adiado

Como tantas outras colectividades, também uma das colectividades mais antigas da vila onde moro está com sérias dificuldades de sobrevivencia.
Há muita falta de vontade de dar um pouco do nosso valioso tempo, à comunidade, transformando o nosso dia a dia em mais do que trabalho/casa e quem ainda se voluntaria para estes trabalhos é confrontado com a dificuldade de ter que se repartir em mil para fazer os mais diversos trabalhos!
Mas a nossa colectividade ainda sobrevive e tem secções bem vivas e outras que agora começaram mas que prometem dinamisar o espaço, embora sejam poucos os dirigentes os que ficam são preocupados em não deixar morrer a colectividade, por isso é com certo orgulho que conseguimos manter as portas abertas e ainda ver surgir vontades em abrir novos interesses, temos por isso, O Teatro com o GITT, a secção mais antiga e mais afamada da colectividade, o desporto com as "Gaivotas", uma nova secção de yoga com o prof. João Pedro e uma secção de artes decorativas.
Mas a colectividade existe para servir a população e neste ambito vamos pôr de uma vez a nossa boa vontade junto com as boas instalações que temos, e façamos algum trabalho em prol de todos, só precisamos de boas ideias e de força de vontade para as pôr em prática.
Vamos a isto e deixemo-nos de intrigas de pequenas vinganças que só enfraquecem quem ainda faz alguma coisa e façamos algo que se veja!

terça-feira, outubro 17, 2006

Cães nossos amigos?


Fui visitar canil do Seixal no âmbito de um trabalho escolar da Ju e adorei lá ir embora tenha ficado impressionada com as histórias dos diversos animais que lá estão, ali não se abatem cães, tentam dar-se sempre para adopção chegam a ter cães mais de três anos
por lá, e têm cães tão bonitos... e todos a pedirem para virem connosco, estivémos a passeá-los pois eles precisam de esticar as patinhas e como são cerca de 80 é dificil irem todos, por isso eles pedem a voluntários que os passeiem.
As histórias deles é que são impressionantes desde lutas de cães e depois abandono, passando por atropelamento, esfaqueamento e ainda os caçadores que depois da época de caça abandonam os cachorros, enfim dá dó de alma, havia um cãozinho que tinha sido abandonado à três dias a tristeza dele era infinita não comia não bebia só olhava para nós com aqueles olhos de quem prefere morrer...
Vivem connosco neste planeta azul, temos muitas responsabilidades perante a devastação do habitat dos nossos companheiros animais, e nem pelos amigos e companheiros de todos os dias temos respeito, afinal que animal somos nós???
Que soberba é essa irmão que te faz tratar assim o mundo á tua volta?
O terror de alguns daqueles animais maltratados por pessoas desconhecidas é tanto que se encolhem redopiam e tentam escapar por qualquer meio.
Vim de lá com o olhar cheio de outros olhares que me suplicavam por ajuda, vim de lá com o coração cheio de agradecimento por todas as pessoas que fazem alguma coisa por todos aqueles animais, pois há voluntários que lhes limpam as celas, que os tratam, que lhes dão comida e pagam os tratamentos...
Se quiserem adoptar um cão lembrem-se daqueles, são de todas as raças e de nenhuma, são tão bonitos, e tão meigos que o dificil é só levar um.

quarta-feira, setembro 13, 2006

As primeiras chuvas de Outono

Disseram-me para pensar numa flor, na flor que mais gostasse, para imaginar o seu perfume a sua côr, para me fundir na sua beleza... a flor que escolhi foi o malmequer, claro que não tem perfume e a côr não é nada de especial uma vez que é branco mas, é lindo simples de uma beleza pura! Porque não teria escolhido antes uma flor mais vistosa com cores vibrantes e um perfume suave, se estava a imaginar, porque não imaginava antes uma rosa, um cravo ou uma dália... mas eu sei que no fundo o que aprecio mesmo é a simplicidade, a beleza aliada à força e o malmequer tem tudo isso, é de uma beleza aparentemente fragil mas de uma tenacidade firme, quando começa a primavera é vê-los a nascer nos sítios mais improváveis. Esta analogia da flor com a minha personalidade fez-me ir mais lonje e pensar na alegria que sinto ao passear na praia no fim de uma tarde de Outono, em como os meus olhos se enchem de lágrimas quando nas primeiras chuvas de Outono o cheiro a terra molhada invade os meus sentidos ou como ao sentir a solidariedade de um familiar ou amigo o meu coração parece rebentar de felicidade... gosto de viver e de transmitir a minha alegria pela vida!
Gosto de saltar nas poças de água como as crianças, gosto de ouvir as histórias dos velhos, gosto de lêr contos de fadas e adoro contemplar o mar.
Tudo o resto se resume a coisas sem grande importancia, e o mais engraçado é que conforme vou ficando mais velha mais insignificante me parece aquele que parece ter sucesso na vida mas depois olhando melhor vêmo-lo sempre com um copo de bebida na mão procurando talvez esquecer o que gostaria de ter feito e não fez, ou ainda aquele que nos olha de cima cheio de firmeza mas que não é capaz de desviar o seu caminho para deixar passar o cãozinho já velhote que demora o seu tempo a passar. Na verdade olhando através dos olhos, lá bem atrás, estão as crianças que todos nós somos, e algumas ficaram tão para trás que foram esquecidas.
Por poucos momentos volto a ver a travessura da criança nos olhos da minha mãe, enquanto ela me conta algo que lhe aconteceu, acho graça ver nos seus olhos transparentes o brilho da sua juventude, assim como gosto sentir a esperança que vem com toda a sua força nos olhos da minha filha.
Um dia conheci uma senhora que vive lá bem perto de mim, os seus olhos estavam apagados! como posso explicar melhor? Nada naquela senhora parecia viver, vim a saber que bebia para esquecer, e o resto do tempo recordava os tempos idos! Nos olhos desta senhora já não se vê a criança nem a esperança nem tão pouco a vida, eles olham noutra direcção e só vêm solidão.
Nos olhos de uma amiga, vejo a rebeldia, a vontade de fazer mais, a sua alma a querer ser ouvida, e por outro lado a vida que ela escolheu, sem aventura uma vida de submição! Mas de maneira nenhuma ela aceita ser submissa e revolta-se até consigo propria e assim vai buscando um equilibrio que não conhece, mas que vai conquistando a pouco e pouco, e nos seus olhos vai-se vendo a esperança a renascer e a coragem a ganhar terreno!
Tenho uma outra amiga que está muito muito doente, a vida vai passando e ela sente que lhe foge, nada parece ter sentido, a criança que hà nela encolhe-se, aninha-se e chora... nos seus olhos vê-se profundamente, é quase um abismo, a esperança de melhorar está lá mas a dor não deixa sonhar muito.
Nos meus olhos espero que se veja a criança que eu sou o malmequer que quero ser, e o mar que eu amo!

quarta-feira, agosto 23, 2006

Paris cidade de mil sonhos




Fomos a Paris, a cidade dos sonhos!
Depois de algumas centenas de quilómetros e de muitas portagens, lá estava ela, linda como sempre! Desta vez a visita foi para vêr os museus e as obras de arte que escondem!
Começamos pelo famoso Louvre cheio de gente e os seus grandes corredores, é emocionante ver de perto obras de arte tão perfeitas, o próprio museu é lindo. Por um dia, percorremos os seus corredores e sentimos a emoção de muitos sonhos sonhados e agora vistos e vividos também por nós. O Louvre medieval foi uma visita que nos surpreendeu... uma foto na pirâmide de vidro celebrizada pelo filme... e por fim cá fora depois da visita já cansados mas muito felizes!
O segundo dia, munidos com os passes inter-museus para dois dias (a Ju por têr menos de 18 anos não pagava nada nos museus), começámos por ir ver o palácio de Versalhes, depois fomos visitar o Museu D'Orsay (la Gare), foi o museu mais interessante que eu já visitei, adorei cada segundo, as obras que tantas vezes admirei em livros ou em reproduções estão lá, janelas de sonhos que nos emocionam, que nos fizeram admirar a mestria dos grandes mestres, mas o tempo escasseava e por fim o museu fechou sem termos tempo de ver tudo...Hoooooooo!
Mas ainda tinhamos tempo para subir à Notre Dame, foi lindo (embora tivessemos que subir a pé uma escada de caracol que parecia não ter fim) ficámos mesmo ao lado das gárgulas a olhar Paris de cima!
Terceiro dia, começámos por ir ver o Centro Pompidou, foi sem duvida divertido para mim e para o João subir por aqueles tuneis que estavam em todos os nossos livros de Françês quando eramos estudantes, mas o museu de arte moderna tinha poucas coisas interessantes. Partimos então para a visita do museu Picasso, que também foi uma decepção, (gostei muito mais do museu Picasso de Barcelona) no entanto tem lá umas esculturas que gostei muito.
Foi então que decidimos ir visitar Fontainebleau, que fica a cerca de 60 quilómetros de Paris, que maravilha, o palácio está muito bem conservado, e é lindo, foi dali que Napoleão governou o mundo, lá estava a sala do trono do antigo rei que Napoleão aproveitou para si, mais à frente a sala em que ele abdicou, tudo com todo o mobiliário e muito bem conservado, depois os jardins que são maravilhosos, pena não podermos ficar mais tempo...

O ultimo dia em Paris foi para uma visita à cidade, de manhã ao bosque de Bolonha, e à tarde as ruas e os armazéns de Paris, mas já estavamos muito cansados e estava demasiado calor, não vimos quase nada fomos terminar o dia para a Torre Eiffel, como sempre com milhares de turistas.
Gosto especialmente deste país em que que se preserva os direitos humanos acima de tudo, em que a luta produz resultados pela unidade dos cidadãos, em que se vê e sente a preocupação pela natureza e pelo planeta!
Fica a recordação, dos momentos vividos, dos sonhos vislumbrados e a vibrante sensação que valeu apena cada segundo.

segunda-feira, julho 03, 2006

A minha alma é o meu caminho


Cá estou eu mais uma vez a escrever o que me vai na alma, nesta alma inquieta e independente da razão, é como uma criança que quer ser atendida, que me grita aos ouvidos quando faço algo que vai contra o caminho que quer seguir. Mas seguir os caminhos da alma é também renunciar! É também mudança, é também viver com coragem na verdade e em todos os momentos da nossa vida sermos disso testemunhas. Até aqui foi rasoavelmente fácil chegar e os meus passos embora incertos caminham nessa direcção, o mais dificil está agora a chegar com uma nova compreenção da vida. Com o desapego e com a necessidade de fazer mais do que faço, por mim mesma e por quem partilha este mundo comigo.
O meu companheiro está doente e eu olho passivamente para ele, dou-lhe a esperança que posso e vivo com a tristesa de me sentir impotente. Isto enquanto espero, porque eu sei, conheço-me, vai chegar o dia em que vou para a luta...
Nesta tempestade porque passa a minha vida, o que me vale é que levo o sol escondido no meu peito! Esse sol que aquece o meu sorriso, e dá luz aos meus olhos. Quando por breves momentos permito que a chuva molhe as minhas faces e turve a minha visão com lágrimas que correm de mansinho, depressa mergulho nas águas frias da esperança que me revigoram, e me preparam para uma nova luta. Nesses momentos fugazes sei que da minha fragilidade sai a força que do meu amor se faz vida.

terça-feira, junho 27, 2006

Quando nós damos um simples sorriso a um desconhecido que por nós se cruza na rua, nesse mesmo instante podemos estar a mudar o rumo da vida de alguém, de alguém que numa encruzilhada da vida toma um novo ânimo com esse sorriso ou com a simples amabilidade e cortesia de um desconhecido. Penso que já aconteceu a quase todos nós termos algo na cabeça que não sabemos como resolver ou uma situação que não sabemos como reagir e alguém que nem sequer conhecemos sem querer nos dá uma solução para o problema...
Mas muitas vezes pensamos, que não devemos influenciar as decisões de quem nos está próximo, pensamos que não nos devemos prenunciar sobre isto ou aquilo porque isso pode mudar o rumo da vida dos nossos filhos, amigos, namorados, maridos... lembro-me de quantas vezes algumas palavras foram cruciais para o rumo da minha vida, e o quanto algumas o foram negativamente, e geralmente foram prenunciadas com indiferença ou por simples vontade de criticar. Mas a verdade é que fizeram da minha vida o que é hoje, embora não me tenham mudado a mim, mudaram sem dúvida nenhuma as minhas decisões do momento, o que me trouxe até aqui. Acho por isso que devo não tentar mudar o rumo ou a opinião de ninguém mas dar-lhe a minha perspectiva das coisas, e por vezes mostrar novos ângulos da mesma situação.
Quando a minha felicidade está numa encruzilhada, e depende das atitudes e da vontade de quem amo, dou-lhe a minha perspectiva de vida, olho com tristesa para tudo o que sei que nos separa, e vou dando tempo e alimentando a esperança, sabendo de ante mão que não posso mais do que dar o meu amor e tentar assim influenciar as suas atitudes...

segunda-feira, abril 03, 2006


Hoje quando fui à varanda, ainda de manhã bem cedinho, senti um forte cheiro a flores e a mar, enchi o peito e fechei os olhos, por mim passaram sentimentos de alegria e de felicidade,
Esta manhã olhei para o mar como se fosse a primeira vez, a sua imensidão fez-me sentir pequena mas maravilhada. Quando voltei para dentro de casa voltou a frustação das segundas feiras...lá tenho eu que enfrentar mais uma semana de trabalho, os fins de semana passam tão depressa...quero sempre aproveitar ao máximo todos os momentos livres cada segundo é valioso, e quando desperdiço uma hora que seja em algo que não tinha previsto sinto urgência em acabar, em fazer algo que seja verdadeiramente importante para mim, quando me sinto cansada e resolvo descansar um pouco, penso sempre em fazer mais exercicio para puder resistir mais ao esforço e assim aproveitar melhor cada segundo da minha vida. A semana começou com estas horas que se arrastam enquanto lá fora o sol se ergue e a vida segue o seu rumo.

Queria dizer ao mundo que o importante é o amor, queria gritar ao vento que me emprestasse a sua liberdade, para eu poder sêr o que penso que sou...

segunda-feira, março 20, 2006

À minha amiga


Ao ver a dor que passa pelo rosto de minha amiga, pensei que podia ajudar
Será que podia mesmo? A minha vontade é dar a minha mão, o meu amor a todos aqueles que se sentem sós, que estão prestes a desistir, mostrar-lhes como pode ser útil a vida, como pode ser vivida com amor e sentir esse amor.
Cada dia que passa acho que vem para nos trazer uma nova oportunidade de felicidade no fundo não é isso que todos queremos?
Ser feliz, para cada pessoa tem um significado diferente, uns sonham com vidas cheias de coisas boas, outros com o carinho de quem amam, outros ainda com a simples ausência de sofrimento, com a PAZ, quando olho nos olhos da minha amiga vejo o sofrimento a falta de amparo e a solidão. Como milhares de mulheres do nosso mundo também ela é subjugada pelo marido que escolheu, ironia das ironias foi por amor que ela casou, e agora é esse amor que a prende, é esse mesmo homem que ela ama que lhe diz coisas que a magoam, que a faz trabalhar quando ela já não sente forças que a despreza quando estão sós... ironia das ironias é esse mesmo amor que a faz sentir-se devastada e sem esperança. Olho no seu rosto e vejo uma súplica, e ao mesmo tempo uma força que a torna numa lutadora, uma força que nem ela mesma sabe explicar, que vem de dentro que não se submete nem ao marido nem a ninguém, é a essa força que ela se agarra para sofrer as humilhações a que é sujeita é a essa força secreta que ela recorre quando sente que não aguenta mais.
Minha amiga, tenho medo que desistas e por isso tento emprestar-te um pouco da minha alegria de viver, entre sofrimentos eu vivo com uma alegria intensa, sinto uma esperança sem limites, desejo um futuro melhor para mim e para todos os que amo. Desculpa se eu não consigo ajudar-te, a minha vontade não chega precisava da tua vontade também.
Se falho algumas vezes é porque não entendo não porque tenha desistido...e falho muitas vezes eu sei... perdoa-me

quinta-feira, março 02, 2006

um novo ano para viver


Mais um ano da minha vida
No fundo a criança nunca cresceu, vive em mim em cada sorriso
em cada gargalhada, essa criança que eu conheço tão bem e que me faz saborear a vida, olhar sem preocupação para o futuro e acreditar no meu semelhante.
Quando o adulto que eu também sou, com toda a sua experiencia de vida, com as marcas profundas de dores passadas, toma conta de mim a vida torna-se mais dificil e dessa dificuldade sai a força para a luta, cada dôr é uma lição e cada lição um combate.
Os dias passam e os sonhos crescem, os meus sonhos parecem crescer a cada dia que passa ao tornar-me mais velha os meu sonhos vão enchendo todo o espaço da minha alma e quando estão tão grandes que não cabem mais, tenho que os realizar, a isso chamo crescer e envelhecer pois tornam-se urgentes. Conheço pessoas que abandonaram os seus sonhos para viver e por isso não crescem só envelhecem, fico triste por essas pessoas quando olho nos olhos e vejo que a sua alma chora...
Faço anos, mais um ano da minha vida se passou tenho um novo ano prontinho para ser vivido e cheio com bons e maus momentos à espera de serem vividos. Será que estou preparada para o que aí vem? Tenho pressa de viver os bons momentos e sei que tenho que transformar e vençer os maus ...

domingo, fevereiro 19, 2006




Quero voar
na minha bicicleta côr de rosa ,
voar para bem lonje,
fugir de mim
quem sabe fugir desta vida
que se foi construindo independentemente da minha vontade
Eu só queria amar e ser amada
achava que a felicidade se escondia no amor
na compreenção na fraternidade
mas não se pode viver só assim...
nós pomos grilhetas em nós mesmos em nome da necessidade da sobrevivencia, passamos os dias estupidamente fechados em escritórios
em supermercados, agarrados a máquinas, vivemos com pessoas que não escolhemos
à noite quando vamos para casa, respiramos um pouco de ar puro e esperamos essa tal felicidade, que nem sempre vem, que nem sempre apazigua

Por favor quero voar na bicicleta côr de rosa, quero fugir
quero parar as lágrimas da minha alma e viver
quero ser feliz, quero aproveitar a vida que me foi dada
quero ser útil ao mundo sendo mais uma mão que ajuda,
quero dar sonhos a quem não consegue sonhar,
quero cumprir a vontade da minha alma e esquecer-me de mim.

sexta-feira, fevereiro 17, 2006

pensamentos


Não queira acrescentar dias à sua vida,
mas vida aos seus dias.
(Harry Benjamin)
A vida ou é uma aventura
ousada ou não é nada.
(Hellen Keller)
Pagai o mal com o bem, porque o amor é vitorioso no ataque e invulnerável na defesa
(Lao-Tsé)
Assim diz o Breviário da Cavalaria Medieval:
"A energia espiritual do caminho utiliza a justiça e a paciência para preparar teu espírito.
Este é o caminho do cavaleiro. Um caminho fácil e ao mesmo tempo difícil, porque obriga a deixar de lado as coisas inúteis e as amizades relativas. Por isso, no começo, sente-se tanta hesitação em segui-lo.
Eis o primeiro ensinamento da cavalaria: tu irás apagar o que até então tinhas escrito no caderno de tua vida: inquietação, insegurança, mentira. E irás escrever, no lugar disso tudo, a palavra coragem. Começando a jornada com esta palavra e seguindo com fé em Deus, chegarás onde precisas.
(Paulo Coelho)

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

As gaivotas



Ao olhar da minha varanda vejo as gaivotas a voarem para
a praia ao fim do dia. Por vezes param no cimo de um candeeiro
e ali ficam a observar os humanos que passam...

As gaivotas tem um voar cheio de liberdade e elegancia
a sua adaptação ao meio ambiente é invejável
e para além de tudo são lindas...

Quem não gostaria de viver na praia, comer peixinho fresco (às vezes roubado aos pescadores) e voar.... com o prazer que elas parecem ter? Tenho uma sensação de liberdade quando as observo, quase sinto o prazer de voar ao sabor do vento. Da minha varanda olho o mar com grandes ondas, e sinto a felicidade de estar viva, encho o peito de ar, ao mesmo tempo que encho a vida de esperança.