histerectomia

Queria falar aqui de uma operação que muitas mulheres fazem mas que não se fala muito, é a histerectomia, pois bem, eu tive de fazer esta operação e andei a procurar o testemunho de mulheres que a tivessem feito, e infelizmente ninguém ou quase ninguém, fala disto o que me pareceu muito estranho pois o número de mulheres que a fizeram pareceu-me muito maior do que eu pensava. Foi uma operação dificil em que o acordar foi doloroso, mas rápidamente consegui pôr-me de pé, e por isso pensei que seria como outras intervenções cirurgicas a que fui submetida e que felizmente recuperei rápido, mas estava completamente errada... desta vez a recuperação foi lenta, andava, mas cansava-me muito rápidamente, nem conseguia ficar sentada a melhor posição era deitada e só assim relaxava, isto durante cerca de 3 semanas após a intervenção, só ao fim de um mês e meio é que pude ir trabalhar, mas era com dificuldade que subia umas escadas ou que permanecia sentada muito tempo!


Por fim senti-me melhor muito melhor mas com os "calores" próprios da menopausa, fui á minha médica que me explicou que deveria tomar estrogénio, (até para a pele é importante este estrogénio que deixamos de "fabricar") mas como sofro de enxaquecas não era aconselhavel, por isso iniciei um tratamento á base de isoflavonas de soja (que são um estrogénio natural), pensando eu que deixaria de ter sintomas, mas depressa percebi que embora reduzisse muito o incómodo dos "afrontamentos" nunca iria passar completamente!

Aprendi assim a viver com isso, resolvi então adicionar á minha dieta alimentar o "tofu" e uma infusão de salva, o que veio tazer uns episódios de afrntamentos mais suaves!

Agora passados 5 meses, sinto-me bem, até ganhei uns kilitos a mais estava muito magra tenho cuidado com a alimentação e pratico yoga regularmente o que me ajuda muito, pois apareceram algumas dores nas articulações que antes não existiam!

Foi no entanto uma intervenção cirurgica que mexeu também comigo ao nivel psíquico mesmo estando preparada, não esperava sentir-me tão em baixo como me senti quando fui operada.

Ao falar com outras mulheres que fizeram o mesmo conclui que todas se sentiram tristes e desanimadas e que foi com dificuldade que ultrapassaram esta situação.
Neste momento já ultrapassei esse estado de desânimo e estou bem!

Os dias passam... agora cada vez mais perto da consoada a azáfama torna-se frenética, os centros comerciais cheios, as luzes nas ruas e o ar festivo nos rostos, mas, nem em todos e aqueles que olham as montras tristemente e seguem o seu caminho sem entrar nas lojas? Já repararam como cada vez são mais?
Olho o Natal como um tempo solidário, de partilha, de amor, mas sinto que algo se perde no meio das compras desta insanidade social que é comprar mais e mais, é claro que como toda a gente gosto de ver o sorriso de satisfação no rosto da minha filha ao receber o tão desejado presente, é claro que adorava dar a todos os meus amigos aquilo que mais desejam mas uma prenda pode ser só um gesto, um pouco de alegria partilhada...
haaa como é bom a reunião familiar o aconchego dos risos das anedotas das pequenas discussões amigaveis, do partilhar de mais um ano das nossas vidas.
Assim vivo o Natal com o calorzinho que me envolve ao ver os meus pais, as minhas irmãs e sobrinhos fico tão quentinha por dentro que essa chama vive dentro de mim o resto do ano, é esse calorzinho que não me deixa ficar triste por não poder compar isto ou aquilo...
Não posso paciencia eu tenho um tesouro muito maior, tenho a amizade e o amor, tenho a vontade de fazer mais e melhor por quem me rodeia...

Um Natal partilhado porque não????

Namastê
Quando reentrei no curso, tive uma desilusão... pois é não gostei nada deste novo nivel nem das colegas e muito menos das perspectivas de trabalho que o curso me iria dar que eram nulas...
Desanimei e como o curso não é propriamente barato, acabei por desistir, mas no entanto não desisti de continuar a aprender LPG pois como tenho uma irmã surda e amigos surdos, tenciono continuar a adquirir conhecimentos, no fundo este novo nivel do curso era só de conversação, o que eu faço diariamente com o meu coleguinha surdo.
Fiquei super triste por ter desistido, e por isso andei a pensar o que fazer... estou agora a considerar uma nova aventura... vamos ver no que dá!
Entretanto gostava de partilhar convosto uma vontade de fazer coisas novas, e lançar quem sabe, um desafio, isto é um projecto para um Natal diferente mais partilhado, mais "NATAL" a minha ideia passa por partilhar o Natal com pessoas sós, sabem aquele vizinho(a) que vive só e que passa a consoada a ver TV, ou aquela pessoa que raramente sai de casa pois tem dificuldade e vive triste e mais triste se sente nessa noite, trazer essas pessoas e partilhar o nosso Natal a nossa alegria. O que acham????
Aceito desafios e sujestões...

Voltei

Após um longo interregnu aqui estou eu outra vez.
Pois é já acabei o primeiro ano de LPG e adorei., estou agora a preparar-me para fazer o segundo ano e previsivelmente mais dificil, estou a entrar aos poucos num novo mundo em que os sons não são necessários e que a expressão é tudo, e acabo por entender que por vezes é mais facil fazer um gesto do que dizer uma palavra! Quando falo num novo mundo quero com isso dizer uma nova percepção da vida e do que nos rodeia, é de tal maneira diferente que nas primeiras vezes que convivi só com surdos, fiquei com cheia de imagens e assim que fechava os olhos mil imagens passavam, brilhavam dentro de mim... é dificil de descrever
Irei alongar-me sobre este tema noutra postagem!
Durante este tempo de ausencia também tive alguns problemas de saúde dos quais estou a recuperar bem!
Agora um novo ano lectivo começa, e com ele a esperança a alegria das novas conquistas.
Vamos recomeçar com novas esperanças, com novas energias!

Um desejo que se concretiza só em sonhos

"Aconteceu mesmo ali diante dos meus olhos! Desta vez era verdade não era o sonho tantas vezes sonhado não era a promessa tanta vez repetida dentro do meu peito, os meus olhos teimavam em nem pestanejar não fosse desaparecer aquele número mágico, o número que me daria entrada para a realização dos meus sonhos!
Uma vozinha dentro de mim falou baixinho "cuidado Joni o dinheiro corrompe"
Foi então que finalmente baixei os olhos, é verdade o dinheiro corrompe, estraga os sonhos e faz o coração humano ser mesquinho, por isso durante toda a minha vida pedi a Deus que me desse o necessário e não mais do que isso! Mas ao mesmo tempo pode-se ajudar tanto, fazer tanto, cumprir tantos sonhos, tantos objectivos estudar, conheçer, em vez de gastar todas as nossas energias a trabalhar para um patrão, e depois chegar a casa já cansada, triste e muitas vezes sentindo que não vale apena...
Nesse momento parei para pensar o meu coração batia de alegria mas na minha cabeça iam pensamentos contraditórios, nos ultimos dias a minha vida tinha-me parecido inutil, tudo aquilo porque sempre lutara, tinha sido destruido a pouco e pouco o objectivo era amar e dar uma prespectiva de vida em liberdade e força à minha filha. Senti que tinha falhado, que tudo era inutil...
Mais uma vez ergui o meu rosto para o céu e numa prece pedi descernimento para agir correctamente, respirei fundo e peguei no telefone agora tinha de dar a notícia ao meu marido, lembrei-me então que poderia agora arranjar um médico que o ajudasse a deixar de fumar e a curar-se... isso era muito bom
Liguei, ouvi os números a serem marcados, impaciente escutei o primeiro toque de chamada, esperei e finalmente a voz quente e familiar do outro lado...
- Olá meu principe, tenho uma novidade...estás sentado?
- Sim porquê o que se passa?... "

Acordei, feliz por viver a vida de todos os dias, agradecida por sonhar, com forças renovadas para esta luta do dia a dia, o sonho sustenta a vida renova as esperanças dá-nos porque lutar
É por sonhar que não me acomodo, é por sonhar que sinto este incómodo que me faz estudar que me faz querer uma vida melhor, mais realisada... que me faz rir, brincar é o sonho que "comanda" a minha vida!

Caminhada de yoga

No passado dia 18 de Março, de manhã ainda cedo encontramo-nos na Fonte da Telha para uma caminhada de yoga. Estava um dia lindo, as paisagens eram de tirar a respiração e a companhia era a melhor. Foi com alegria e boa disposição que chegamos à Lagoa de Albufeira onde paramos para almoçar, e no fim regressámos pela praia já um pouco cansados mas sempre bem dispostos. O grande exemplo de força de vontade e boa disposição foi o Sr. João que apesar de ser o mais velho de nós mostrou como se faz um dia inteiro a caminhar sem nunca perder a boa disposição nem dar mostras de cansaço. Adorei, toda a caminhada, adorei conhecer novas pessoas e conversar com os amigos. Deixo-vos aqui imagens deste dia.

Reencontro

Reencontrei uma grande amiga.. pois é ao fim de muitos anos voltei a reencontrar uma amiga de coração, os anos passaram mas a amizade nunca ficou esquecida. São estes reencontros que aquecem o coração e tornam a vida mais colorida. Foi muito bom ver novamente o seu rosto partilhar as aventuras que vivemos durante estes anos de afastamento. A verdade é que passe o tempo que passar, a amizade continua lá, sempre com lembranças de momentos felizes e de dificuldades ultrapassadas.
O sentimento que prevalece deste encontro é uma felicidade misturada com ternura! Agora com mais cuidado para que o afastamento não se torne tão grande voltámos às nossas vidas com a certeza de que nenhuma de nós se afastou verdadeiramente... A verdadeira amizade faz-se assim...

Uma amiga morreu

A D. Amélia conheço desde pequena, lembro-me dela a ir para a praia sózinha logo pela manhã descia a ladeira que é a minha rua e ia a pé para a praia, sempre com um sorriso sempre com uma palavra simpática! Agora já depois de velhinha era sempre muito positiva, e ai de quem
estivesse com pensamentos negativos perto dela, o sorriso sempre a iluminar a sua face
Ela para mim é um exemplo! chegou à linda idade de 86 anos, e conseguiu ser feliz apesar de tudo, ser feliz apesar das limitações, ser feliz apesar de quase não ver, sorrir só por nos ver sorrir, vir ver os nossos rostos pois não conseguia ver o fogo de artificio ao longe mas dava-lhe prazer ver na nossa cara espelhada a maravilha que é a explosão de cores na negrura da noite, o fogo de artificio de fim de ano.
É assim que recordo a Dona Amélia, pois ela deixou-nos sentimos a sua alma ali perto durante algum tempo, o meu João foi vê-la e viu no seu rosto a paz, eu não fui ver o seu rosto mas senti o mesmo, senti paz e tristeza por deixar de têr o seu sorriso.
Eu gostava de abandonar o mundo assim sem chegar a dar trabalho a ninguém, sempre pensei que gostava de fazer como os indios, quando sentisse que estava na minha hora despedia-me de todos os que me eram queridos e afastava-me para lonje e deixava-me morrer, só eu e Deus numa ultima conversa, numa derradeira comunhão...mas agora teimam em nos internar em hospitais, as pessoas têm terror da morte, não vêm a morte como uma passagem....
Om Shanti